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In the world

País apresenta cenário mais otimista

10/08/2023 22:24
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João Roberto Benites – Presidente do Conselho de Administração da Tekno S/A. Conselheiro certificado pelo IBGC. É especialista em expansão estratégica de empresas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasil foi o 4º país que mais cresceu no 1º trimestre de 2023 em relação ao 4º trimestre de 2022. A análise é da Austin Rating, que considerou os dados de 49 nações e apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 1,9% no primeiro trimestre de 2023. Comparado às principais economias do mundo, ficamos atrás da China (2,2%), Polônia (3,8%) e de Hong Kong (5,3%), mas conseguimos ter melhor desempenho do que países relevantes, como Estados Unidos (1,3%), México (1%), Canadá (0,8%) e Alemanha (-0,3%). Mais recentemente, a reclassificação do Brasil pela agência Fitch reforçou a crença em um segundo semestre mais produtivo. A notícia contribui para aumentar a confiança e atrair investidores. Entre os diferentes eixos de melhoria e avanço da economia nacional, o mercado de fusões e aquisições – M&As – também deve viver melhores dias. Nesse setor, quando olhamos para a América Latina, o começo desse ano não foi de muito entusiasmo. As negociações mobilizaram um montante de US$ 4,7 bilhões (R$ 23,4 bilhões) – uma queda de 65%, na mesma base de comparação. Avaliando os resultados da região (AL), tivemos 604 acordos de fusões e aquisições no primeiro trimestre, 39% a menos que nos três primeiros meses de 2022, de acordo com apuração da consultoria britânica Aon, com base em um relatório da TTR Data.

De olho no futuro

Navegando em mar mais calmo, os líderes de negócios reforçam ainda mais a atenção à saúde das empresas. Unidos no propósito de agregar valor às companhias, Conselhos de Administração, acionistas e executivos precisam estar comprometidos em avaliar as melhores oportunidades do mercado e construir um crescimento sustentável que eleve o potencial das empresas que representam.

Qual o papel dos conselheiros nos processos de M&As?

Com particular atenção aos processos de M&As que podem surgir no futuro próximo, cabe aos conselheiros e executivos alinhar a empresa às boas práticas da governança e fortalecer seus pilares ESG, nas esferas do social, da gestão e no ambiental, de forma a imprimir, a cada dia, mais valor à operação. Nas análises de mercado e busca por maior retorno aos acionistas, temos dois caminhos: considerar as oportunidades de compra ou de venda, sempre construindo bases que aumentem o valor da companhia. Um Conselho de Administração bem estruturado sempre terá um olhar criterioso aos movimentos de mercado e aos caminhos de avanço sustentável, partindo de estudo aprofundado das melhores ofertas e do entendimento das possíveis situações de uma fusão ou aquisição. Os líderes das empresas precisam avaliar com precisão quais os potenciais de riscos e de sucesso dessa operação, qual a sinergia entre as companhias, proceder uma apuração das métricas financeiras de cada lado e quais as decisões mais adequadas para se alcançar o sucesso. Cabe ao Conselho de Administração representar os interesses dos acionistas e assegurar que seus direitos sejam protegidos durante todo o processo. Otimista que sou, aguardo por um segundo semestre mais aquecido nesse setor e que possamos atuar com afinco nos processos de M&As que venham a acontecer. Conselheiros experientes e com vivência em transações complexas podem ser de grande valia nas etapas de due diligence, por exemplo, garantindo que todas as informações relevantes sejam revisadas minuciosamente, além de contribuir fortemente na comunicação com o mercado e diferentes stakeholders.

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