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In the world

A nova era do audiovisual brasileiro

29/01/2025 22:36 | Atualizado há 1 mês
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Fernanda Torres e Selton Mello são nomes que estão, não apenas fazendo história com o
longa ‘Ainda Estou Aqui’, mas também estão acendendo um grande holofote sob a arte
brasileira, trazendo novamente o público aos cinemas

2025 começou com um Brasil em clima de Copa do Mundo. Mas a comemoração não tinha a ver com esporte, mas sim, com uma área na qual não comemoramos há tempos: a arte brasileira, mais precisamente, o audiovisual. O Globo de Ouro para Fernanda Torres por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, o filme de Walter Salles que já tem mais de 3 milhões de espectadores. Um fato relevante nesse número é que o Brasil chegou a 3.509 salas de cinema em atividade, número recorde da série histórica 2014/2024. Nesse número estão incluídas as que foram inauguradas ou reformadas em 22 cidades do interior do país. Catorze desses municípios estavam sem sala em funcionamento. Mas o efeito Fernanda Torres tem um motivo: em 2024, o Ministério da Cultura (MinC) e a Ancine investiram R$ 2,6 bilhões em fomento destinado a mais de 600 produtoras, que devem lançar nos próximos anos 1.100 filmes e séries, tudo feito no Brasil. Além disso, às vésperas do Natal, foi publicada a medida provisória (MP) que prorroga até 2029 os incentivos fiscais da Lei do Audio-visual, permitindo que pessoas físicas e jurídicas deduzam do Imposto de Renda o financiamento de projetos aprovados pela Ancine. E entrou em vigor a Lei da Cota de Tela, que obriga as empresas exibidoras a reservar um percentual mínimo na programação para filmes brasileiros, o que significa que em 2025 teremos diversidade de títulos produzidos aqui e sessões a partir das 17h. O fato do país voltar a investir em grandes produções que vão fortalecer a indústria cinematográfica para seguir incluindo o país no cenário internacional do cinema, marca a nova era do audiovisual brasileiro. O Brasil é um dos três maiores mercados de consumo de streaming do mundo —os vídeos por demanda (VoD). As poderosas plataformas de produção e difusão audiovisual, já reguladas em vários países, ainda atuam à solta no Brasil, 13 anos depois da chegada da primeira delas. A regulamentação do VoD segue na Câmara e no Senado. A tramitação tem sido difícil em função do lobby dos conglomerados digitais, mas estamos em constante diálogo com o setor e com o Congresso.

“Ainda Estou Aqui”
Protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro e grande elenco, “Ainda Estou Aqui” é uma coprodução entre Brasil e França. O longa é o primeiro filme Original Globoplay, produzido por VideoFilmes, RT Features e Mact Productions, em coprodução com ARTE France e Conspiração. Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, sobre a história de sua família, o relato começa no início dos anos 70, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção.


O filme teve sua estreia mundial no Festival de Veneza, onde foi aplaudido por 10 minutos e recebeu o prêmio de melhor roteiro para Murilo Hauser e Heitor Lorega. “Ainda Estou Aqui” também foi escolhido pelo National Board Review como um dos cinco melhores filmes internacionais. Além disso, o longa venceu o Prêmio do Público de Melhor Filme de Ficção Brasileiro na 48a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e o Audience Favorite de Melhor Filme da mostra World Cinema do tradicional Mill Valley Film Festival 2024, na Califórnia. Além disso, ganhou o Prêmio do Público e o Prêmio Danielle Le Roy, eleito pelo Júri Jovem no Festival De Pessac, na França. A atriz Fernanda Torres também foi eleita Melhor Atriz em filme internacional pelo Critics Choice Awards. Selecionado para mais de 40 festivais internacionais, teve sessões no 49o Festival de Toronto, no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, onde ganhou o prêmio do público, e no 17o Festival Brasileiro de Montreal, no Canadá; no 72o Festival de San Sebastián, na Espanha; abriu o 33o Festival Biarritz Amérique Latine, na França; foi exibido como um dos filmes surpresas do Festival de Pingyao, na China; no 20o Festival de Zurique, na Suíça; e participou da sessão Spotlight do 62o Festival de Nova York e da 68a edição do Festival de Cinema de Londres, o BFI Film Festival. No Brasil, foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e em uma sessão especial no Festival do Rio. O filme ainda foi indicado como Melhor Filme de Língua Não Inglesa no Globo de Ouro 2024, que também indicou Fernanda Torres na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama. “Ainda Estou Aqui” também foi selecionado para disputar o Critics Choice Awards 2025, de Hollywood, na categoria de Melhor Filme de Língua Estrangeira. O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Filme – um feito inédito. “Eu precisava trazer graça, leveza e beleza ao personagem para que, quando eu saísse de cena, a presença de Rubens continuasse sentida tanto para o restante do elenco quanto para o espectador do filme. Um trabalho que fosse marcante o suficiente para ecoar na vida dos personagens e de quem vê o filme. Então é, portanto, um trabalho que eu diria que transcende o meu ofício e as atividades mais técnicas de atuação. Precisava tocarem algo espiritual, sagrado. Uma das experiências mais difíceis e lindas de minha vida”, afirma Selton Mello, sobre sua atuação por Rubens Paiva. Ao falar sobre sua parceria com Fernanda, ele conta: “Meu reencontro com Nanda foi uma alegria enorme, pois me sinto parte daquela família. Já tinha trabalhado com Fernanda Montenegro em “O Auto da Compadecida” e já fui dirigido pelo Cláudio Torres [irmão de Fernanda Torres], com quem também já dirigi uma série em parceria. Me sinto acolhido por essa família fantástica, então, reencontrar a Nanda é sempre uma felicidade imensa. O objeto do trabalho pode ser a coisa mais trágica do mundo, mas a atmosfera da coxia tem que ser leve. E trabalhar com a Nanda é o exemplo perfeito disso. Mesmo tratando de uma tragédia familiar, a leveza dos bastidores era enorme muito por causa dela, atriz estupenda e uma colega maravilhosa, por quem tenho um respeito gigante. No set, pude ver a beleza da parceria da Nanda como Walter desde o “Terra Estrangeira” e fui muito bem recebido, por ambos, como novo membro da trupe. Era realmente a hora de trabalharmos todos em conjunto e o resultado foi um filme muito importante para uma reflexão profunda sobre a humanidade. Os olhos do Brasil e do mundo necessitavam desse filme, exatamente como ele é, justamente nos tempos atuais”.

“Ainda Estou Aqui” promove o reencontro entre Fernanda Torres e Walter Salles depois de “Terra Estrangeira” e “O Primeiro Dia”. O trabalho rendeu a Torres o prêmio de melhor atriz (Actress Award – International Film) do Critics Choice Association de Los Angeles, que será entregue no dia 22 de outubro, em Los Angeles, no Egyptian Theatre. O prêmio homenageia performances e trabalhos de destaque da indústria de entretenimento latinos. Na última parte do filme, Eunice é interpretada por Fernanda Montenegro, que volta a trabalhar com Walter Salles 26 anos depois de seu trabalho em “Central do Brasil” – filme que ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim, o Globo de Ouro de melhor longa estrangeiro e o Bafta de melhor filme em língua não inglesa –, e deu a ela o Urso de Prata de melhor atriz.

Em parceria com a Agência Primeiro Plano, a The Winners compartilha uma entrevista com o diretor Walter Salles sobre a produção:

The Winners – Como você conheceu a história de Eunice Paiva e sua família?

Walter Salles – Conheci a família Paiva, Rubens, Eunice e seus cinco filhos, Veroca, Eliana, Nalu, Marcelo e Babiu, em 1969. Eles vieram morar no Rio, cidade para onde eu voltava após cinco anos no exterior. Assim, passei parte da minha adolescência na casa que eles haviam alugado no Leblon e que está no centro de “Ainda Estou Aqui”. Por ali passavam amigos da família, jornalistas, gente da música, além da moçada mais jovem. Não havia distinção entre adultos, adolescentes, crianças. Foi assim que pude ouvir debates acalorados sobre a situação política durante a ditadura, foi ali onde encontrei pessoas que me marcaram até hoje, onde descobri a Tropicália, por exemplo. A casa dos Paiva, assim como o cinema, de maneira diferente, me permitiu entender que o mundo era bem mais amplo do que eu poderia imaginar a partir da realidade da minha própria família.

The Winners – O que essa família representava para você?

WS – Uma das minhas lembranças mais fortes de adolescência é de uma casa onde as portas e janelas estavam sempre abertas, onde turmas de diferentes idades se encontravam. Essa possibilidade era surpreendente em um país sob ditadura. Além disso, os afetos nessa família eram diferentes dos que eu conhecia na minha. Para o adolescente que eu era, esse contraste era marcante. Aos poucos, percebi que a história dos Paiva é a de um projeto de país que foi brutalmente interrompido. Na casa de Rubens e Eunice pulsava o desejo de um país livre, com uma identidade independente, essencialmente brasileira. Naquele momento surgia uma nova arquitetura com Niemeyer e Lúcio Costa, uma nova música com Caetano, Gal e Gil, uma nova literatura com Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles, o Cinema Novo com Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha, Lygia Clark, Oiticica e Gerchman nas artes plásticas… Para a família Paiva, viver segundo esses critérios era uma forma de resistência. Foi esse Brasil possível, original e independente, que foi interrompido pelo golpe militar. O sequestro e assassinato de Rubens Paiva são uma consequência da violência de Estado que se instalou no país em 64, e se agravou depois de 1968. 

The Winners – Você foi particularmente próximo de alguma das filhas de Rubens e Eunice Paiva? 

WS – Minha amiga mais próxima na família era Nalu, que tinha 13 anos, como eu, em 1969. Veroca e Eliana eram mais velhas do que nós, e Marcelo três anos mais novo.

The Winners – Em que medida o filme segue o livro de Marcelo Paiva, que escreveu a biografia de sua mãe, publicada com o mesmo título, Ainda Estou Aqui? Escritor e dramaturgo, Marcelo também é roteirista. Ele colaborou no filme?

WS – O assassinato de Rubens Paiva me marcou para sempre. A publicação do livro de Marcelo sobre seus pais e o relato da reconstrução que sua mãe faz da memória familiar me tocou profundamente. É um registro de maturidade, de uma profunda e dilacerante beleza, em que Marcelo reconhece que sua mãe tinha sido a heroína silenciosa da sua família. O livro, publicado em 2015, no entanto, não foi suficiente para despertar a certeza de que eu deveria realizar o filme. A proximidade com a família, a percepção de que a reconstrução do passado depende de fragmentos de memória diferentes para cada pessoa que viveu esses fatos, me fizeram refletir por muito tempo antes de começar esta aventura, há 7 anos. O que finalmente me libertou foi o fato de Marcelo acompanhar o desenvolvimento do roteiro escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega. Essa colaboração foi marcada por seu olhar agudo e exigente, mas também por sua capacidade de manter uma certa distância, por ser também escritor e roteirista.


The Winners – Demorou muito tempo para que este filme fosse concluído. Por quê?

WS – Foi necessária uma imersão para fazermos toda a pesquisa sobre os anos 70, e chegar ao roteiro final. Houve também o fato de que o cinema brasileiro praticamente parou por quatro anos. Dito isso, este filme exigia uma maturidade que eu provavelmente não tinha no início do processo. O tempo, a espera, a lenta reconstrução das vidas dessa família, tudo isso pedia um processo de decantação para melhor compreender.

The Winners – Você optou por contar a história pelo lado de Eunice Paiva. O que ela representa hoje no Brasil?

WS – O livro de Marcelo Paiva nos convida a olhar essa história do ponto de vista de Eunice. No centro desta narrativa, há uma mulher que teve que se reinventar, recusar o que o destino lhe impunha e romper com os laços patriarcais que prevaleciam nas famílias brasileiras, inclusive nas mais progressistas. Eunice encarna e traça uma forma de resistência pouco comum. O livro e o filme podem ser vistos como um relato sobre a reconstrução de uma memória individual conduzida por essa mulher (a memória de uma família sob ataque), que se sobrepõe à busca pela reconstrução da memória de um país, o Brasil. Essa superposição entre o pessoal e o coletivo é uma das razões pelas quais quis fazer este filme. Essa busca da família Paiva durou 30 anos e se confunde com a luta pela redemocratização do Brasil.

The Winners – Por que foi importante que o filme não se limitasse ao relato dos anos 1970, mas continuasse até uma data recente, com vários episódios posteriores ao evento central que é o sequestro de Rubens Paiva?

WS – Primeiro, a história tem seu próprio tempo interno, que eu quis respeitar. As diferentes vidas de Eunice, a lenta reconstrução de uma memória familiar e coletiva, se estenderam por várias décadas. O fato de seus filhos retomarem essa tocha faz de “Ainda Estou Aqui” também um filme sobre transmissão. Daí o almoço que reúne várias gerações da família Paiva no final da narrativa, que espelha o primeiro almoço do filme. Essa construção circular incorpora sua própria esfera política. A cena em que Eunice idosa, com a memória comprometida pela doença de Alzheimer, reconhece a fotografia de Rubens durante uma reportagem sobre a Comissão dos Desaparecidos Políticos na TV, não é ficcional. Ela é descrita com precisão no livro. Isso permitiu a Fernanda Montenegro, que interpreta Eunice idosa, reviver esse momento no filme.

Marcelo Rubens Paiva

The Winners – Como foi trabalhar novamente com Fernanda Torres?

WS – Considero Fernanda uma das maiores atrizes de sua geração, e não só no Brasil. Nanda é uma cúmplice e coautora desde “Terra Estrangeira”, que Daniela Thomas e eu dirigimos em 1995. Gosto da inteligência aguda de sua atuação, que vem da compreensão profunda que ela tem de seus personagens. “Ainda Estou Aqui” era diferente de tudo que Fernanda já havia feito, demandava uma atuação baseada na subtração, na economia dos gestos e sentimentos, na possibilidade de dizer muito com pouco. Nanda abraçou essa ideia, confiou. Essa fé no cinema que ela tem tornou o filme possível. E “Ainda Estou Aqui” é um filme sobre uma família, realizado por uma família de cinema, composta por Fernanda Torres e pela extraordinária Fernanda Montenegro, por Daniela Thomas, produtora associada do filme, e por mim mesmo. E que agora se amplia com novos cúmplices como Selton e outros atores e artesãos incríveis que abraçaram o projeto. 


Walter Salles e Fernanda Montenegro

The Winners – Na sua opinião, o que este filme representa para o Brasil de hoje?

WS – Minha geração chegou ao cinema após 21 anos de ditadura militar, de 1964 a 1985. Muitas histórias não puderam ser contadas durante esses anos de chumbo. Teria sido lógico abordá-las, mas o desastre do governo Collor no início dos anos 1990 nos obrigou a lidar com uma realidade imediata de um país novamente em crise. Daí, no meu caso, “Terra Estrangeira” e depois “Central do Brasil”. Quando a extrema direita começou a ganhar força no Brasil, ficou claro o quanto nossa memória dos anos de ditadura militar era frágil. Propor reflexos desse período me pareceu vital para entender melhor o trauma vivido, e não repetir os mesmos erros do passado. Em “Ainda Estou Aqui”, o Estado invade o coração de uma família, decide quem vai viver ou morrer, faz um corpo desaparecer. Em 2021, um presidente concedeu medalhas de honra a torturadores daquela época. Este filme, que entrou em gestação antes desses anos terríveis, infelizmente parece ser não apenas um filme sobre um passado remoto, mas também um filme sobre os perigos das novas formas de autoritarismo que rondam o Brasil e o mundo.

“O Auto da Compadecida 2”

“Esse é o nosso presente de Natal pra vocês”, afirmou Selton Mello, depois que a primeira exibição pública de “O Auto da Compadecida 2” aconteceu, num auditório lotado por milhares de pessoas na CCXP24. Os participantes do maior evento de cultura pop da América Latina puderam assistir ao filme em primeira mão, e a emoção tomou conta tanto da plateia, quanto do elenco e equipe presentes na ocasião. “O Auto nos salvou, de certa forma”, afirmou Matheus Nachtergaele para a imprensa. “A gente merece fazer isso de novo”, comentou Selton. A continuação da história de sucesso mostra que, depois de 20 anos desaparecido, João Grilo retorna à pequena Taperoá para se juntar ao seu velho companheiro Chicó. Acontece que agora ele é recebido como uma celebridade na cidade. Afinal, reza a lenda que havia sido morto por bala de espingarda e ressuscitado após um julgamento que tinha o Diabo como acusador, Nossa Senhora como defensora e o próprio Jesus Cristo como juiz. Disputado como principal cabo eleitoral pelos dois políticos mais poderosos da cidade, ele faz de tudo para finalmente aplicar o golpe que vai lhe render muito dinheiro e, quem sabe, vida mansa – como se fosse possível que ele se aquietasse. Só que nada sai como planejado e ele terá de recorrer à Compadecida novamente. Até o dia 15 de janeiro (data de fechamento desta edição) o filme ultrapassou a marca de três milhões de espectadores nos cinemas em três semanas em cartaz. O longa estreou 24 anos depois do primeiro filme, e já faturou mais de R$ 62 milhões. 

Selton Mello e Matheus Nachtergaele

Além disso, Selton Mello é o novo nome brasileiro anunciado em produção internacional: ele estará no novo ‘Anaconda’, filme que já conta com Jack Black e Paul Rudd no elenco. O filme está sendo filmado na Austrália, onde está sendo apoiado pelo Governo de Queensland por meio da Estratégia de Atração de Produção da Screen Queensland. Fully Formed, de Brad Fuller e Andrew Form, está produzindo o filme, com data de lançamento para 25 de dezembro.

A The Winners traz outras produções nacionais que vão estrear neste ano e você não pode perder:

“Baby”

Destaque na Semana da Crítica do Festival de Cannes, de onde saiu com o prêmio de melhor ator revelação para Ricardo Teodoro, “Baby” é outra estreia de destaque neste início de 2025. O drama dirigido por Marcelo Caetano conta a história do jovem Wellington (João Pedro Mariano), que deixa um centro de detenção para menores sem o apoio da família biológica. Ele acaba acolhido por Ronaldo (Teodoro), um garoto de programa que conhece em um cinema pornô. Os dois acabam desenvolvendo uma relação intensa e repleta de reviravoltas. O elenco conta ainda com as presenças de Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo e Marcelo Varzea.

“Vitória”

Dirigido por Andrucha Waddington — que assumiu o projeto após o falecimento de Breno Silveira — e estrelado por Fernanda Montenegro e Alan Rocha, “Vitória” chega aos cinemas no dia 13 de março. A trama conta a história de uma senhora de 80 anos que filmou com uma câmera própria a rotina do tráfico de drogas na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, e denunciou à polícia. O caso real foi reportado pelo EXTRA, em agosto de 2005, em reportagem de Fábio Gusmão, autor do livro “Dona Vitória da Paz”.

“Manas”

Desenvolvido ao longo de dez anos, o drama dirigido por Marianna Brennand retrata a rotina de violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres na Ilha do Marajó, no Pará, a partir da história de Marcielle (Jamilli Correa), uma garota de 13 anos que enfrenta a realidade dolorosa que começa dentro de sua casa. Dira Paes, Fátima Macedo e Rômulo Braga estão no elenco. O filme conquistou o prêmio máximo da mostra Giornate Degli Autori, no Festival de Veneza. Lançamento previsto para abril.

‘Lispectorante’

A diretora pernambucana Renata Pinheiro, de “Amor, plástico e bagulho”, adentra ao universo de Clarice Lispector em “Lispectorante”, filme inspirado em frases e pensamentos da clássica autora. Protagonista da adaptação mais famosa de Clarice, “A hora da estrela” (1985), de Susana Amaral, Marcélia Cartaxo é a protagonista da trama, que reúne uma mulher de 60 anos e um andarilho romântico em uma cidade abandonada. Pedro Wagner e Grace Passô também estão no elenco. Estreia dia 8 de maio.

‘Oeste outra vez’

Grande vencedor do Festival de Gramado de 2024, o faroeste dirigido por Erico Rassi acompanha acompanha Totó (Ângelo Antônio), um homem bruto que não aceita ter sido deixado pela companheira e se volta contra o atual amante dela, Durval (Babu Santana), dando início a uma trajetória de violência e masculinidade frágil e tóxica. Rodger Rogério e Antônio Pitanga completam o elenco. Estreia no primeiro semestre.

‘Mauricio de Sousa — O filme’

Cinebiografia de Mauricio de Sousa, o quadrinista mais importante do Brasil e criador da Turma da Mônica. A trama acompanha a trajetória do artista e empresário da infância ao sucesso profissional, destacando a criação de personagens icônicos como Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento. No filme, que tem direção de Pedro Vasconcelos, Mauricio é interpretado por Mauro Sousa, seu filho na vida real. Estreia no dia 23 de outubro.

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