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Nelson Wilians: direito, negócios e sucesso

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The Winners: Economy & Law nº01

Leia essa e outras matérias na banca digital

Nelson Wilians, advogado, graduado em 1993, pela Instituição Toledo de Ensino, sócio e fundador do Nelson Wilians Group, que congrega várias empresas, sendo uma corretora e a “joia da coroa”, a Nelson Wilians Advogados, maior escritório de advocacia empresarial da América Latina, fala aqui na The Winners Economy & Law sobre direito, economia, negócios e sucesso.

The Winners Economy&Law – O seu escritório é um dos maiores do mundo, como iniciou essa trajetória?

Nelson Wilians – Gosto sempre de dizer que o que difere coragem de loucura é o resultado. Hoje, 20 anos depois, o NWADV – Nelson Wilians Advogados é o maior escritório full service da América Latina. E agora começo a ouvir, duas décadas depois de abrir o meu primeiro escritório, as pessoas dizerem que fui corajoso ao sonhar em ter um escritório que estivesse em todas as capitais brasileiras e representações em diversos países. No início, eu era louco – hoje ouço muitos dizerem que sou corajoso.

Obviamente, não foi uma caminhada fácil. Fui criado numa cidadezinha do interior do Paraná (Jaguapitã). Meus pais eram pequenos agricultores com pouco estudo (2º. ano do primário). Fui o primeiro da família a cursar o ensino superior. Com muito sacrifício, me formei em Direito no Instituto Toledo de Ensino, em Bauru (SP).

Sem soberba, com 22 anos de idade estava andando de ônibus e levei um ano, após me formar, para comprar o primeiro carro, um Fiat Panorama velhinho. Antes dos 30, já estava comprando a minha segunda aeronave. Tudo isso exercendo tão somente a advocacia empresarial.

Mas a motivação do meu trabalho nunca foi somente o dinheiro, mesmo no início de carreira — quando saía com um bolo de cheques sem fundo de algum cliente para fazer a cobrança de quem não pagava os donos de postos de combustíveis e usava a sala emprestada de um médico como escritório (ele me permitiu usar o espaço no período em que estava trabalhando numa grande companhia até às 16h.

O engraçado era a reação das pessoas. No lugar tinha maca, estetoscópio e outros aparatos médicos). Já nessa época, o objetivo final era outro. Sucesso é importante sim, mas acredito que o trabalho tem a ver com outras questões: desenvolver habilidades, responsabilidades e propósitos. É querer impactar vidas e participar ativamente da construção de um Brasil melhor. Isso sempre me motivou a empreender e ir atrás dos meus sonhos.

E aqui lembro uma frase de Aristóteles: “A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras”. É preciso coragem para empreender. Isso é fundamental. O salto em minha carreira veio de uma combinação de coragem e oportunidade.

TWE&L – O que mais marcou nessa caminhada quando o senhor olha pelo retrovisor?

NW – Nas palestras que faço a estudantes de Direito pelas diversas regiões do país, gosto de contar a minha trajetória, mas, ao mesmo tempo, alertar os futuros operadores do direito que ela pode ser uma referência, porém, não um modelo a ser aplicado na atualidade, pois a tecnologia transformou as relações profissionais e pessoais, o Direito mudou e a sociedade está num outro patamar de consciência e necessidades. O que deu certo para mim, pode não dar para uma outra pessoa.

Vale ressaltar que a maioria das histórias de sucesso empresarial começa com uma avalanche sucessiva de fracassos. Estão aí as histórias da Walt Disney, da Harley-Davidson, de Steve Jobs, Oprah Winfrey e tantas outras que se tornaram cases de superação. E estão sempre aí para nos lembrar que o sucesso não vem sem uma farta dose de persistência. Independentemente do placar adverso, é preciso ter muito entusiasmo para se reerguer depois de inúmeras tentativas fracassadas. Tantas vezes quantas forem necessárias.

Howard Shultz, por exemplo, nasceu em uma família humilde. Morava no bairro do Brooklin, em Nova York. O seu pai era motorista de caminhão. Graças a uma ideia rejeitada, virou dono da Starbucks. A empresa vendia grãos de café e Shultz era funcionário. Com uma atitude ousada, ele tentou persuadir seus superiores para que a empresa passasse a vender também o café pronto e se tornasse um espaço de convivência social. A ideia foi recusada. Com o fracasso e a decepção, resolveu abrir a sua própria cafeteria. Posteriormente, ele comprou a Starbucks e abriu lojas em todo o mundo com um modelo refinado de negócios.

Essas histórias mostram que o fracasso e as condições adversas não são a ruína ou o triunfo da derrota, que os degraus podem ser muitos e de tamanhos diferentes para cada um, mas podem ser galgados com o mesmo ‘entusiasmo’ que Churchill ensinou: “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”.

Retornando, o NWADV iniciou seu crescimento com as questões tributárias da década de 1990 em vista da nova Constituição de 1988 e, depois de atingir dimensão nacional, tornou-se um escritório full service. Ou seja, era grande na área tributária e agora caminha para ser grande em todas as áreas do direito. Estamos formando as melhores equipes profissionais para cada área. Algumas dessas áreas, inclusive, já adquiriram reconhecimento internacional.

Para mim, acreditar nos sonhos, se dedicar a eles e não se limitar ao que o presente te oferece é a chave da mudança. Isso é o que procuro exercitar em nossa empresa. Há uma cultura profundamente enraizada aqui.

Quando olho para a história do escritório, como ele foi formado, como são passadas orientações aos nossos colaboradores e sócios, percebo que muita gente está no NWADV porque veio atrás de um sonho, de criar um escritório grande, o maior do Brasil. E eles acreditaram nesse sonho. É o poder do todo em prol do mesmo objetivo, trazendo um resultado coletivo e, ao mesmo tempo, para cada um que está aqui.

E a mola propulsora disso é a nossa cultura, nossa organização, os valores que a gente replica de forma institucional. Quero sempre que nossos colaboradores se sintam bem, se identifiquem com os objetivos do escritório e cresçam. Para usar o slogan do Pão de Açúcar, o NWADV tem que ser lugar de gente feliz. Isso faz parte da nossa cultura. Gente feliz produz, se empenha, gosta do que faz e atua em equipe.

TWE&L – Em que momento o senhor percebeu que deveria transferir de uma vez sua matriz para SP?

NW – Acho que foi John Lennon que disse que Nova Iorque era a esquina do mundo, onde tudo acontecia. Por isso, foi morar lá. São Paulo é a esquina do Brasil, onde está boa parte do PIB, onde as questões jurídicas ganham relevância e o mundo empresarial circula.

Comecei o escritório em Bauru e quando pensamos em expandir nossa atuação, a capital do Estado era a via óbvia. Aqui em SP, ganhamos massa para conseguir ir para outras partes do país. Mas é preciso destacar a unidade de nosso escritório, algo que sempre pensei e trabalho constantemente para manter isso.

Quando você entra em uma agência do Banco do Brasil ou do Bradesco, a identidade visual e a filosofia de trabalho são as mesmas. Em qualquer cidade. Isso também acontece com o NWADV.

A diferença é que as questões tratadas em cada filial podem ser muito diferentes. Aí é que nos diferenciamos, pois temos que dar um tratamento personalizado e, ao mesmo tempo, regional para cada caso, sempre dentro do padrão e da cultura que nos une e nos identifica.

Temos uma pluralidade de ambientes. Temos a filial do Acre, por exemplo, com uma cultura regional completamente diferente da do Rio Grande do Sul ou da de Minas Gerais. Soma-se a esse aspecto, a excelência de nossos profissionais, pela dedicada e impecável atuação dos mesmos e pela robustez de nossa estrutura física e os recursos tecnológicos necessários ao completo atendimento das necessidades de nossos clientes.

Seja por intermédio de sua Matriz, em São Paulo, seja mediante qualquer uma de suas filiais, o NWADV consegue prestar a seus clientes atendimento de excelência em qualquer região ou estado do país. Ainda, temos sócios em todos os Estados do País e em todas as capitais. Estar em todo o país é um diferencial para as grandes corporações também espalhadas pelo país. Pois conseguimos oferecer um serviço jurídico uniforme, padronizado e de qualidade em todas as regiões e ao mesmo tempo pessoal em todas os estados e capitais.

Isso, sem dúvida, facilita a rotina dos departamentos jurídicos dessas corporações. O NWADV é e será o escritório de advocacia das Corporações que querem esse diferencial. Todos os nossos valores são replicados para os nossos sócios e colaboradores em todo o país.

TWE&L – Normalmente as pessoas pensam que sucesso é sorte, como o senhor define a palavra sucesso?

NW – Mais do que sorte, um conjunto de fatores contribuíram para que eu me tornasse uma pessoa realizada em minha profissão. Vale uma ressalva aqui sobre o quesito sorte. Como disse Nelson Rodrigues: “Sem sorte não se come nem um ‘Chicabom’. Você pode engasgar-se com o palito ou ser atropelado pela carrocinha”. Pois assim acredito. Um pouco de sorte ajuda.

Porém, acredito mais em oportunidades. E a vida nos abre algumas portas. Se perdeu uma oportunidade, fique atento para não perder a próxima. E mais do que esperar é preciso criar oportunidades. Ou seja, algumas portas somente se abrem à medida que caminhamos.

E, para isso, como disse acima, antes de tudo é preciso coragem para empreender. Isso é fundamental. O salto em minha carreira veio de uma combinação de coragem e oportunidade. Hoje se fala muito em rede de relacionamento. Isso é, de fato, muito importante. Construir relacionamentos. Os meus primeiros clientes estavam ao meu redor: os médicos da clínica e seus respectivos pacientes que vez ou outra eram indicados. Em pouco tempo, estava advogando para a maioria deles.

TWE&L – E liderança?

NW – Um dos principais objetivos de executivos ainda é tentar antever como as coisas acontecem para produzir modelos os mais seguros possíveis para tomar decisões. Não por acaso, o filósofo David Weinberger escreveu que, nós, humanos, temos a impressão de que, se pudermos entender as leis imutáveis de como as coisas acontecem, poderemos prever, planejar e gerenciar o futuro com perfeição. Não sou tecnólogo, mas um curioso atento em saber como as coisas acontecem.

E não canso de repetir que palavras convencem; exemplos, arrastam. Vejo isso quase que diariamente em meu círculo de relacionamento na área da advocacia empresarial. Independentemente das novas ferramentas utilizadas pelos empresários e executivos de grande sucesso, é a forma de se relacionar dessas lideranças com seus colaboradores, parceiros e clientes que faz a roda girar.

Porém, na era do Machine Learning, precisamos abandonar nossa insistência em sempre entender o nosso mundo e como as coisas acontecem nele. Mas não podemos deixar de insistir em entender as pessoas. Hoje me considero um bom advogado, mas, principalmente, um incentivador de pessoas e um solucionador de problemas que acho que é o que se espera de alguém na minha posição. Dentro das minhas empresas procuro maximizar virtudes de sócios e colaboradores e minimizar suas fragilidades.

TWE&L – Em quantos estados o NWADV está presente no Brasil? e no Exterior?

NW – O NWADV é o maior escritório de advocacia do país e da América Latina, com mais de 1500 advogados, aproximadamente 12 mil clientes e mais de 500 mil processos ativos. Estamos em todas as capitais do país, no Distrito Federal e em algumas cidades estratégicas do interior.

Desde 2014, o NWADV figura no ranking dos maiores escritórios de advocacia do Brasil pela revista Análise da Advocacia 500 – os escritórios e advogados mais admirados do Brasil pelas maiores empresas. A partir de 2016, começamos o nosso processo de internacionalização.

Hoje, temos representação em diversos países da América Latina, Ásia e Europa. Seja na atuação em questões altamente estratégicas ou no contencioso de escala, o NWADV inaugurou um novo ciclo na relação escritório-cliente, agregando valor e qualidade técnica à prestação de serviços jurídicos. A nossa trajetória é interessante à medida que não há no país outro escritório com características semelhantes.

Meu mérito foi montar um grande time de profissionais apaixonados pelo que fazem e que são felizes no NWADV. Desde o início, a maior preocupação era não apenas o foco no trabalho em si, mas também em compartilhar os resultados obtidos. Criamos um modelo de negócio que deu certo. É um modelo agregador.

TWE&L – Hoje, o que é mais difícil, vencer os obstáculos do sistema, a burocracia e lentidão do sistema judiciário ou administrar esse gigante que é o grupo Nelson Wilians?

NW – Sou otimista. Acho que estamos no caminho certo. O judiciário tem se modernizado utilizando de novas tecnologias que estão ajudando a escoar e dar agilidade aos processos. Obviamente, existe muito a melhorar e avançar. Estamos progredindo, talvez não na velocidade que a sociedade deseja, mas estamos caminhando na direção correta.

Quanto à nossa empresa, o maior desafio é continuar crescendo, sem perder a nossa filosofia de valorização dos profissionais, mantendo a unidade, além de preservar nossa forma de relacionamento com o cliente, com pessoalidade, eficiência, qualidade técnica e bons resultados a todos.

O NWADV é e será o escritório de advocacia das Corporações que querem esse diferencial e das pessoas que buscam uma assessoria jurídica de escol. A alta complexidade jurídica e o excesso de burocracia exigem novas soluções. Um escritório de advocacia, como o nosso, de grandes demandas corporativas e individuais, não conseguiria ser eficientemente responsável com seus clientes sem se apossar de novas soluções tecnológicas.

Usamos sistemas de automação em inúmeras tarefas. Gestão dos processos em andamento, elaboração de peças generalistas e pesquisas de jurisprudência são algumas das tarefas que já estão sendo executadas por robôs. Liberamos, com isso, nossos profissionais para atividades mais complexas, que exigem raciocínio humano. 

TWE&L – O senhor demonstra uma autenticidade nada comum no mundo das bancas de advogados: exterioriza a riqueza, os prazeres do resultado financeiro da vida profissional. Isso lhe trouxe algum desconforto?

NW – Sou da escola filosófica criada por Ayn Rand, filósofa e romancista russa. Razão-propósito-autoestima. Um livro de cabeceira meu é ‘A Revolta de Atlas’. Logo, essa é uma boa pergunta. Existem muitos empresários que se formaram em Direito. Eu sou um advogado-empresário. Eu não represento a advocacia tradicional brasileira como até então existia, com todo respeito aos meus amigos e colegas de profissão. Simples assim.

O meu objetivo é entender o que o mundo corporativo precisa para auxiliá-lo na solução. Por isso, costumo dizer: nos deem o contrato que daremos a solução. O NWADV não é um exército de um homem só. Somos uma equipe, uma corporação com representação aqui e lá fora. Obviamente, além do nosso tamanho também chamamos a atenção pela nossa filosofia diferente de gestão interna.

Mas nossa atuação e posicionamento não poderiam se dar da mesma forma dos outros grandes escritórios, sem demérito algum para esses. A nossa realidade é diferente. Nos tornamos e somos o maior escritório desse país. E, à frente desse escritório, tenho voz e representatividade. Isso pode causar inveja e para mim inveja não é o sentimento de querer ter o que você não tem – mas querer que você não tenha. Eu não me escondo, até porque o Nelson Wilians Advogados é altamente qualificado em todas as áreas do Direito e nosso sucesso vem disso.

Tenho orgulho da nossa trajetória de sucesso. Nossa empresa investe, gera riqueza, empregos e desenvolvimento, tudo dentro da mais estrita legalidade, logo não tem porque viver escondida nas sombras. Isso não quer dizer que não temos dificuldades e nem quer dizer que somos “super-homens” ou “super-mulheres”. Somos corajosos, resilientes e capazes.

Mas, nesses momentos que tenho que falar de minha trajetória com o auspicioso argumento que triunfei, lembro de uma frase de minha mãe quando eu estava começando a fazer algum sucesso na carreira e que me coloca no ‘prumo’: “No fim, não importa onde um homem nasce. Não importa como vive, mas como termina a vida”. Guardo isso comigo porque, vira e mexe, me faz refletir. Até aqui, tenho tido sucesso na minha área de atuação e a cada dia procuro me manter focado em manter isso.

Porém, ao contar minha experiência, atrevo-me, de alguma forma, a querer contribuir para incentivar o crescimento profissional e despertar, nos mais jovens, a vontade de empreender e serem bem-sucedidos.

Nelson Wilians e o Desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

TWE&L – Sua esposa, além de uma linda mulher, é administradora de empresa, advogada, presidente do Instituto Nelson Wilians, de bem com a vida e com todos e uma talentosa praticante do voluntariado. Fale um pouco sobre esse talento dela.

NW – Anne Wilians é minha fonte de inspiração. É advogada, administradora de empresa e presidente do INW-Instituto Nelson Wilians, o braço social do Nelson Wilians Advogados.

É uma pessoa extremamente comprometida com o desenvolvimento de projetos sociais e passa isso para mim. Palavras convencem e exemplos arrastam. Nunca uma máxima fez tanta diferença na minha vida como faz tendo ela ao meu lado.

Agora, em 2020, o INW completou três anos de fundação. Com foco na justiça social, a entidade já beneficiou mais de 10 mil pessoas em 20 cidades brasileiras. O Instituto Nelson Wilians já desenvolveu diversos projetos voltados à formação de cidadãos e ao empoderamento social.

E Anne é uma batalhadora, incansável no trabalho de empoderamento social, para que pessoas em estado de vulnerabilidade possam ter o poder de decisão e escolha sobre sua própria vida. Ela é um exemplo e inspiração para mim e para todos nossos sócios e colaboradores. Cuida dos nossos filhos e família com maestria sem negligenciar nada.

Nelson Wilians e Anne Wilians

TWE&L – O senhor acredita na capacidade do Brasil de sair dessa fase que temos patinado em todos os sentidos nos últimos anos e agora com o Coronavírus?

NW – Não diria que estamos sem sair do lugar. Acho que estamos avançando, ainda que não na velocidade que gostaríamos. Recentemente, foi aprovada a reforma trabalhista, a previdenciária e a lei anticrime. O Congresso ampliou seu controle sobre o orçamento e impediu a desestruturação de políticas públicas consolidadas nas últimas décadas.

O sistema de freios e contrapesos entre os poderes da República, em boa medida, funciona. O governo avançou também na área de infraestrutura, com a agenda das privatizações, as concessões e a realização de leilões para exploração e produção de petróleo. Há muito por fazer e avançar, mas o caminho, ainda que traçado lentamente, parece-me correto. As questões paralelas às econômicas, aquelas discussões provocativas entre os poderes da República, essas sim têm tirado o foco das questões relevantes.

Os recentes e desnecessários quiproquós entre Executivo e Congresso, aos olhos dos players de mercado, são sintomas de que algumas peças precisam ser encaixadas para que se retome o crescimento econômico. Quanto a isso, porém, é preciso serenidade. Coronavírus será superado. Haverá sacrifícios, mas superaremos.

TWE&L – Hoje, quando estamos fazendo essa entrevista, o mundo virou de cabeça para baixo. Quais as medidas que o seu escritório vai tomar neste sentido?

NW – Não somos uma ilha. Da mesma forma que outras empresas, dentro das determinações das organizações de saúde, vamos procurar nos enquadrar com o objetivo de preservar e proteger a saúde de nossos colaboradores, sócios e clientes.

Obviamente, esperamos que o impacto comercial não seja prolongado. Mas ao contrário de outras pandemias, o Coronavírus está afetando a economia mundial. Isso, sem dúvida, terá reflexos no crescimento brasileiro, infelizmente, e no balanço das empresas. Mas a preocupação maior é preservar vidas e torcer para que a doença fique dentro de parâmetros controláveis.

TWE&L – O senhor acredita que o Brasil necessita de mais investimento público, para acelerar o crescimento e o desenvolvimento econômico?

NW – O Produto Interno Bruto de 2019 cresceu 1,1% em relação ao ano anterior. Um dos itens que compõem o PIB, o investimento cresceu 2,2%. Há estudos que apontam que, para crescer de forma sustentável nos próximos dez anos e para reduzir a pobreza e o desemprego são necessárias mais reformas estruturais, especialmente na máquina estatal.

E, para isso, governo e Congresso precisam avançar com a agenda de reformas.

TWE&L – E quanto as reformas? Qual na sua visão é mais urgente, a política ou a Fiscal?

NW – A reforma principal é a Reforma Tributária, deveriam ter começado por aí. E também com uma agenda fiscal, pois não existe apenas a simplificação desejada de tributos. É preciso que haja contenção de despesas.

TWE&L – O senhor sempre foi otimista com o Brasil, esse sentimento continua apesar do baixo índice de crescimento econômico?

NW – Como escrevi em um artigo para a revista Forbes-Brasil, tenho percorrido constantemente as mais diferentes regiões em visitas às filiais de nosso escritório espalhadas por todos os estados brasileiros. Essas viagens não são para mim apenas um dever profissional. Representam, principalmente, um sopro de ar fresco, de onde retiro, muitas vezes, inspiração e coragem para continuar a empreender, pois tenho a oportunidade de conversar com pessoas das mais diferentes origens e especialidades empresariais.

Conto isso para dizer que aprendi, com a experiência, a me conectar com outros pontos de vista, outras realidades. A cada visita, tenho a oportunidade de conhecer pessoas que se tornaram referência em suas áreas de atuação. Empresários bem-sucedidos, longe dos grandes centros urbanos. Essas viagens me fazem sair do “círculo de preconceitos do próprio país”. Às vezes, ficamos presos à visão territorial de nossos umbigos.

Por isso, entendo bem a determinação desses empreendedores que, mesmo longe do eixo Rio-São Paulo, prosperam, tornam-se grandes, saem dos modelos pré-fabricados. Por méritos, competência e, claro, coragem. Aproveito esse espaço para exaltar esses empreendedores e mostrar que, apesar das dificuldades econômicas, há grandes grupos sendo formados fora dos principais polos de negócios do país, graças ao dinamismo e a visão de empreendedorismo.

E esse quadro, que vejo em várias partes do país, me deixa otimista, ainda que diante de muitas dificuldades.

TWE&L – Nelson Wilians é um entusiasta das festas, gosta de receber amigos e pessoas importantes em sua residência. Isso faz parte de uma estratégia de relacionamento ou é prazer de receber de fato?

NW – Obviamente que, em algum momento, o prazer de receber pessoas e o relacionamento empresarial se cruzam. Mas o mais importante é que as pessoas que vêm à minha residência se sintam bem e à vontade. Isso sim é o meu grande prazer. Receber, rever e fazer amigos.

TWE&L – Podemos fazer um ping-pong, indico abaixo uma lista de nomes ou coisas e o senhor responde com uma palavra, um nome ou uma nota de 0 a 10, como preferir:

NW –

Personalidade: Ives Gandra Martins – um amado mestre, uma das reservas morais desse país.

Restaurante em SP: La Tambuille

Lugar: minha casa e a ilha em Angra dos Reis

Amigos: “quero ter um milhão de amigos”

Família: o paraíso e meu porto seguro

Mar: o verde de Angra dos Reis

Dinheiro: um meio.

Poder: efêmero

Carro: Bentley

Avião: Embraer, pelo custo/benefício

Moto: Harley-Davidson

Ternos: Vasco Vasconcelos

Charuto: Cohiba

Prato: Leitão com arroz

Bebida: de boa qualidade

Música: harmônica e que não agrida os meus ouvidos.

TWE&L – Que mensagem o senhor daria aos nossos leitores sobre o Brasil de hoje e do futuro.

NW – Entender e acreditar.

Confira essa entrevista na íntegra na banca digital.

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