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No mundo

M&As voltam com tudo

21/08/2023 23:43
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Com 44,4% do volume total, o setor de tecnologia é o de maior atividade nas fusões e aquisições em 2023; estado de São Paulo concentra quase metade das transações (48%)

Após um ciclo de retração e espera dos investidores, devido às incertezas políticas e econômicas desde setembro de 2022, as transações de M&A ganharam força no primeiro semestre de 2023. Os dados da PwC Brasil sobre os movimentos no período mostram que, tirando 2022 e 2021, quando o mercado estava fortemente aquecido, este é o melhor primeiro semestre desde 2008. Ao todo, foram 610 operações, número superior às 395 registradas no mesmo período em 2020 – foram 706 em 2021 e 807 em 2022.  Com 44,4% do volume total, o setor de tecnologia é o de maior atividade nas fusões e aquisições em 2023. O setor vem puxando as transações nos últimos anos, tendência que se mantém neste ano, embora mais arrefecida: foram 295 fusões e aquisições em tecnologia contra 397 em 2022, queda de 26%. Atrás de tecnologia está o setor de bancos e mercados de capitais, com 6,7% do total de M&As. A maior parte das operações (493) foi realizada por investidores estratégicos, que são aqueles que já atuam no setor, tendo os fundos private equity sido responsáveis por 117 transações. O estado de São Paulo concentra quase metade das transações em 2023 (48%). Em segundo lugar, figura Santa Catarina (8,8%), à frente de Minas Gerais (8%), do Rio Grande do Sul (6,7%) e do Rio de Janeiro (6,5%). “Os números do mercado de M&A, que acompanhamos desde 2008, mostram uma tendência de recuperação, com os investidores deixando suas posições de espera de definições mais claras de mercado e passando a retomar o ritmo dos projetos de investimento. Podemos esperar nos próximos meses uma intensificação das transações de M&A, visando o crescimento das operações e o ganho de eficiência operacional, assim como a retomada dos follow-ons e até mesmo dos projetos de novos IPOs na bolsa. Os anos de 2021 e 2022 foram de grandes volumes de negócios e, apesar da queda em 2023, acreditamos que o ano deve fechar com um volume expressivo de negócios, com uma maior aceleração no último trimestre do ano”, avalia o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso.

Leonardo Dell’Oso, sócio da PwC Brasil

Para Bruno Tunus, do TDV Advogados, “a retomada das operações de M&A vista nos últimos meses era algo esperado. Os agentes do governo passaram a ter um trilho um pouco mais claro para seguir, um arcabouço fiscal apareceu e, assim, os ruídos decorrentes da cena política passaram a reverberar menos na economia”. Ele considera ainda que os juros altos seguram o impulsionamento das operações de venture capital e private equity, mas que a tendência de queda sinalizada nos últimos dias já fez com que o mercado voltasse a se oxigenar. “Em particular, já se observa na prática uma injeção de ânimo para segmentos que foram bastante castigados no primeiro semestre deste ano, como os segmentos de tecnologia e negócios inovadores”, disse.

Brasil liderou as transações do semestre

O Brasil voltou a liderar o ranking dos países mais ativos da América Latina, com 868 operações, com um capital mobilizado em termos interanuais de US$ 18,135 bilhões.  Além disso, o país foi destaque pela transação mais importante do primeiro semestre de 2023: a Actis, empresa britânica de private equity, que adquiriu 11 data centers da Nabiax, empresa controlada pela Asterion Industrial Partners e que conta com participação da Telefónica.   Os setores brasileiros que mais conquistaram investimentos foram: internet, software e serviços de TI, consultoria profissional de suporte ao negócio (Business & Professional Support Services), softwares específicos para determinadas indústrias (cuja participação caiu 46%, sendo o setor que menos gerou interesse em investimentos neste semestre, comparado com o mesmo período de 2022) e outros serviços financeiros.   Os países que mais se interessaram em adquirir ou fundir empresas no Brasil foram os Estados Unidos, com 71 transações no valor de US$ 2,380 bilhões, o Reino Unido, com 26 transações no valor de US$ 1,581 bilhões, a Alemanha, com 10 transações no valor de US$ 1,487 bilhões, e Portugal, com 8 operações no valor de U$ 1,166 bilhões. “Devido ao tamanho e a estabilidade do nosso mercado, desde recursos naturais à nossa localização estratégica, o Brasil tem sido tradicionalmente a opção preferencial para M&A de empresas na América Latina. Em bora tenhamos lidado recentemente com conflitos geopolíticos globais, inflação, altas taxas de juros e mudanças políticas e econômicas, podemos visualizar a retomada de investimentos no setor de energia, especialmente as renováveis, como reflexo do movimento de transição energética e ESG”, diz Thiago Lang, diretor de M&A and ESG Solutions para Aon no Brasil.  De acordo com o relatório da TTR com a Aon, em termos de volume de transações de M&A na América Latina, o Chile ocupa o segundo lugar, seguido pelo México, Colômbia, Argentina e Peru. No entanto, as posições mudam dependendo do valor agregado, com o México em segundo lugar, seguido por Chile, Peru, Colômbia e Argentina.

Bruno Tunus, do TDV Advogados

América Latina em baixa

O estudo da Aon, empresa global em serviços profissionais, apontou que o mercado latino-americano de fusões e aquisições (M&A) caiu 23% no primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022. E uma pesquisa da TTR, em parceria com a Aon, registrou um total de 1.447 transações, entre anunciadas e fechadas, com valor total agregado de US$ 35,671 bilhões.   Embora os resultados revelem que o valor somado das operações teve uma queda de 30% e o número de transações tenha caído próximo de 23% em relação ao mesmo período do ano passado, Felipe Junqueira, head of M&A and Transaction Solutions para a América Latina na Aon, explica que, apesar do impacto da alta incerteza nos países da região, “podemos observar uma clara recuperação no mercado transacional. A retomada do interesse chinês em grandes transações na América Latina, aliada ao nível de “Dry Powder” da maioria dos investidores de private equity, além da existência de teses de investimento consistentes em mercados específicos e relativamente novos, tendem a impulsionar as transações no segundo semestre”.   Essa perspectiva esperançosa sobre o setor de M&A da região é reforçada pela pesquisa global realizada recentemente pela Aon Mergermarket com executivos seniores de equipes de desenvolvimento corporativo, empresas de capital de risco e bancos de investimento, bem como líderes de M&A. Quase metade dos entrevistados (46%) acredita que a quantidade de negócios a nível global aumentará um pouco ou significativamente nos próximos 12 meses. Outros 20% expressaram que o os números para o próximo ano permaneceriam em linha com os números atuais.

Thiago Lang, diretor de M&A and ESG Solutions para Aon no Brasil

Entretanto, como observa a pesquisa, o sentimento favorável não significa necessariamente que o caminho no resto do ano será tranquilo: riscos climáticos, fiscais e cibernéticos, além da incerteza geopolítica colocam à prova estratégias de fusões e aquisições diante de uma volatilidade altamente variada e simultânea. “Os responsáveis pelas operações devem ser proativos na análise e controle dos riscos da melhor forma possível, estabelecendo planos de mitigação para aqueles que estão fora de seu controle e utilizando soluções de transferência de risco quando disponíveis”, ressalta Junqueira. O relatório TTR e Aon também destaca o apetite de investidores estrangeiros por empresas latinoamericanas. No primeiro semestre de 2023, o interesse externo veio principalmente da América do Norte (219), Europa (148) e Ásia (29). Já os investimentos de empresas latino-americanas no exterior nesse período foram para América do Norte (47 operações) e Europa (37).

Mais de 40% dos CEOs brasileiros e estrangeiros pretendem fazer M&A neste ano

Quase metade dos CEOs globais (46%) pretende fazer operações de M&A neste ano, de acordo com estudo da EY, que entrevistou, no fim do ano passado, 1,2 mil executivos nessa função em 22 países e atuantes em seis indústrias. No recorte referente ao Brasil, que ouviu 50 CEOs, a porcentagem registrada é similar, com 44% indicando esse mesmo caminho. O foco será investir em empresas que estejam em uma etapa inicial como forma de fortalecer os portfólios das companhias compradoras, mas isso não significa que negócios maiores serão descartados, dependendo apenas de uma oportunidade para sua concretização. Em relação a como serão realizados esses negócios de M&A, 77% dos executivos brasileiros dizem que as fusões e aquisições serão feitas em mercados onde o país de origem das suas companhias mantenha forte ou boa relação geopolítica e econômica. Na amostra global, 78% dos CEOs apontam essa mesma resposta, o que demonstra um alinhamento entre o Brasil e os outros países, resultado provavelmente da guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como dos efeitos recentes da pandemia que impactaram de forma relevante as cadeias de suprimentos das organizações em todo o mundo. “O cenário de 2023 ainda é marcado por juros altos e crescimento baixo, com setores de varejo e de bens de consumo especialmente impactados por essas condições adversas da economia. O segmento de TI deve continuar liderando o número de M&As no Brasil, por causa do movimento ainda em curso de transformação digital das empresas, mas com menos intensidade em comparação com os anos anteriores”, diz Rodrigo Maluf, sócio-líder de M&A da EY Brasil. “Além disso, a escassez de capital novo para o financiamento de startups deve impulsionar nesse segmento um movimento de consolidação entre as empresas. Merecem atenção, ainda, os segmentos de saúde e de energia renovável, que vivem um momento de acomodação, com as companhias revisando seus planos de negócio, incluindo previsão de desinvestimento”.

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