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No mundo

Os caminhos das relações comerciais Brasil-Egito no World Company Award 2019

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Com o propósito de ampliar as relações comerciais entre Brasil e Egito, empresários e executivos das duas nações reuniram-se na quinta edição do World Company Award (WOCA 2019) realizada entre os dias 19 a 23 de junho, na capital egípcia.

Promovido pelo Global Council of Sales Marketing (GCSM) com apoio da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, o WOCA considerado uma das principais premiações do universo do empreendedorismo, que entrega um dos mais prestigiados prêmios entre empresas públicas e privadas do Brasil, este ano, o WOCA premiou a Eletrobras, holding do governo federal de empresas do setor elétrico, representada pelo presidente Wilson Ferreira Junior. Empresas como BRF e Embraer também foram indicadas ao prêmio.

O evento teve a apresentação do presidente do GCSM, Agostinho Turbian, que transmitiu as saudações aos presentes. “Estar aqui no Egito, realizando esta quinta edição do WOCA é uma enorme alegria e satisfação, ainda mais, com uma comitiva desta estirpe e importância. Por isso, a minha palavra é de gratidão”, disse.

O presidente do conselho curador do GCSM, José De Podestá, também fez o seu pronunciamento. “Em um novo momento do Brasil, vemos o WOCA convergente com a importância da nossa abertura ao mundo globalizado como caminho para o nosso desenvolvimento. A interação com seus pares do país anfitrião, oferecerá oportunidades de um melhor conhecimento da realidade dos dois países”.

A presidência de honra da cerimônia de 2019 foi concedida a Rubens Hannun, que igualmente preside a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. “Os egípcios estão muito animados e os brasileiros também”, expôs Hannun. Entre as ilustres presenças, estiveram o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o CEO da Eicon, Luiz Alberto Rodrigues e o secretário-geral da entidade, Tamer Mansour, entre outros.

Muitos estímulos ao comércio foram apresentados por autoridades e lideranças empresariais egípcias tais como a diminuição da burocracia, a modernização dos setores e uma maior celeridade no processo de abertura de empresas, fatores estes que causaram boa impressão entre o empresariado brasileiro e, consequentemente, aumentam os pontos de interesse e negócios entre os dois países. Outras facilitações comerciais oferecidas pelo Egito foram apresentadas aos brasileiros que puderam dimensionar a abrangência de seu mercado por meio de acordos de comércio com as demais regiões africanas, bem como com os países europeus.

O presidente e CEO do Elsewedy Electrometer Group, Emad Elsewedy, que também preside, pelo lado egípcio, o Conselho Empresarial Brasil-Egito, discursou sobre os avanços do país que incluem grandes projetos para o desenvolvimento do Egito, entre eles, a expansão do canal de Suez, a criação de uma nova zona franca e a construção de uma nova capital administrativa. Para dividir a mesma pauta, o vice-ministro dos Investimentos e Cooperação Internacional do Egito e vice-presidente da Autoridade Geral para Zonas Francas e Investimentos (Gafi) do Egito, Mohamed Abdel Wahab aduziu suas considerações.

Os elementos expostos pelas duas autoridades, também complementaram a menção da palestra do presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira sobre a representatividade do potencial egípcio para o Brasil em relação aos negócios e investimentos. “O país exibe, hoje, indicadores macroeconômicos dignos do interesse de qualquer investidor”, disse Hannun, acrescentando que fatores como a numerosa população brasileira e o acordo de livre comércio que o país mantém com o Mercosul, mostram aderência aos esforços egípcios de dinamização econômica, renovação de infraestrutura e geração de empregos.

Outras nuances da relação comercial Brasil-Egito foram reveladas por Hannun em dados relevantes. Em 2018, O Egito foi o principal destino de exportações brasileiras para o mundo árabe, que representa um dos grandes compradores de proteína halal do Brasil, bem como destacou a grande expressão das empresas brasileiras que possuem subsidiárias em território egípcio. “Acreditamos que a parceria comercial Brasil-Egito deve ser vista por ambos os governos como estratégica e, dessa forma, nossa entidade faz tudo ao seu alcance para que a relação bilateral se desenvolva cada dia mais”, pontou.

A atualidade das relações econômicas entre Brasil e Egito foi explorada pelo secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour. “As exportações do Brasil ao Egito totalizaram US$ 2,1 bilhão em 2018 e aumentaram quase 50% em dez anos. As vendas do Egito ao Brasil cresceram 207% em uma década e somaram US$ 270 milhões no ano passado”, salientou.

Conforme Mansour, os itens principais das exportações brasileiras aos egípcios são a carne bovina, milho e minério enquanto o Egito remete ao mercado brasileiro fertilizantes, azeitonas e algodão. Um dos assuntos recorrentes debatidos no evento foi a questão energética, uma das pautas muito bem exploradas pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Outros temas propostos pelos palestrantes trataram do papel do Egito na economia africana, da nova geopolítica econômica brasileira, o acordo do Egito-Mercosul, além do desenvolvimento regional como fator de desenvolvimento e crescimento de um país.

Entre os conferencistas, participaram o presidente da TV Cultura, José Roberto Maluf, que também presidiu a comitiva oficial do WOCA 2019 e foi o mestre de cerimônia do jantar de gala; o embaixador do Brasil no Egito, Ruy Amaral; o CEO do Global Forest Bond, Eduardo Marson; o Tenente-Brigadeiro do Ar, Marcelo Kanitz Damasceno; o diretor-geral Acordos de Comércio Bilaterais do Ministério de Comércio e Indústria do Egito, Michael Kaddes; o CEO do Grupo Articon, Reinaldo Papaiordanou e ; o presidente da Axway Latin America e do Fórum Econômico Brasil-Egito, Marcelo Ramos, que se disse “provocado a descobrir o potencial que há nessa relação entre os dois países e conhecer esse mercado que ainda tem muito a oferecer em aprendizado e ricas experiências culturais e econômicas”.

Ainda passaram pelo púlpito da cerimônia o prefeito de Barretos, Guilherme Ávila; o fundador do Parlamento Codivar/Uvesp, Marco Antonio Melhado; o CEO da Robert Wong Consultoria Executiva, Robert Wong; o CEO da Demanda e vice-presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), Silvio Pires de Paula, entre outros.

 

“Um evento de alto nível. Posso resumir assim o WOCA 2019, realizado na cidade do Cairo, pela CGSM. O WOCA 2019 contou com participantes de qualidade, foi muito bem organizado e, a todo momento, houve um cuidadoso apoio da organização à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, cuja atuação há mais de 60 anos tem por foco o fortalecimento das relações comerciais Brasil-países árabes, seja apoiando diretamente organizações brasileiras e árabes na efetivação de negócios bilaterais, seja participando das discussões da relação comercial bilateral que envolvem a posição dos setores produtivos dos dois lados e os respectivos governos. O evento também contribuiu para fortalecer nosso posicionamento no continente africano, em linha com nossa missão institucional, que é conectar brasileiros e árabes para promover desenvolvimento econômico e intercâmbio cultural. Tanto que vamos estimular a realização do WOCA em outros países árabes e a participação de empresas no evento, como parte da nossa estratégia de internacionalização”.

Rubens Hannun – Presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

“O WOCA 2019 foi uma importante ocasião para a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mostrar a lideranças empresariais brasileiras e egípcias as inúmeras oportunidades de cooperação existentes entre Brasil e Egito. O país do Norte da África já é o principal mercado para os produtos do agronegócio brasileiro na Liga Árabe. E, muito em breve, terá papel fundamental na difusão das tecnologias de agricultura e pecuária tropical do Brasil junto à África subsaariana e equatorial. O evento também foi uma oportunidade para ampliarmos o debate sobre segurança alimentar e investimentos bilaterais”.

Tamer Mansour – Secretário-geral da
Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

“O WOCA 2019 teve um quê de especial para mim. Muito provavelmente pelo fato do evento ter se realizado no Egito, país que me fascina desde que me conheço por gente e sobre o qual tanto sonhei ao ler as histórias de Ramsés II, outros faraós e suas esposas poderosas. Mas nada que aprendemos nos bancos da escola nos preparam para encarar in loco tanto “peso” dessa civilização de cinco mil anos: a riqueza da sua arte entalhada e pintada na pedra, as tecnologias avançadíssimas que permitiram construir pirâmides e templos monumentais e a resiliência de um povo espremido entre o Nilo e o deserto. Melhor ainda saber que a economia do país está crescendo a taxas comparadas ao Brasil dos anos 70 e que um dos fatores primordiais para isso é a abertura econômica. O Brasil é uma potência mundial, mas muito temos a aprender com o passado e o presente desse fascinante país chamado Egito”.

Eduardo Marson Ferreira – Senior Partner, Global Forest Bond Membro do Conselho de Administração, Desenvolve SP

“O WOCA (Word Company Award) 2019, realizado de 19 a 22 de junho na cidade do Cairo, teve a presença de aproximadamente 100 empresários dos quais 70 eram brasileiros. Várias foram às reuniões realizadas durante o evento, com destaque especial ao Fórum Econômico Brasil-Egito, com foco nas tendências de transformações nas corporações e na sociedade. No dia 22 tivemos uma importante reunião no Ministério do Investimento e de Cooperação Internacional do Egito. Fomos recepcionados pela Ministra Sahar Nars e sua equipe. Houve várias apresentações extremamente positivas e produtivas e que certamente renderão bons frutos. O Egito vem crescendo em média 5% ao ano e já realizou mais de uma dezena de tratados bilaterais, o que tem lhes dado um impulso econômico especial. Parabéns Agostinho Turbian (Presidente do GCSM)”.

Acacio Queiroz – Sócio Fundador da VIRELID, Conselheiro e Escritor

“É uma imensa satisfação participar de um evento tão importante como o WOCA e uma honra presidir o Fórum Econômico Brasil-Egito, que nos possibilita manter uma relação bilateral entre esses dois países, buscando sinergia entre os dois mercados e ideias. Vislumbramos um grande potencial de negócios e temos feito um importante trabalho para discutir os rumos da sociedade contemporânea e traçar novos caminhos num mercado que ainda tem muito a oferecer em aprendizado e ricas experiências culturais e econômicas. Agora, é hora de buscar um crescimento dentro do Oriente Médio, e o Egito deverá ser a porta de entrada para novos negócios, novas parcerias e crescimento mútuo em vários segmentos”.

Marcelo Ramos – Presidente do Fórum Econômico Brasil-Egito

Fórum Econômico Brasil-Egito

 

Fórum Econômico Empresarial Brasil-Egito

Cerimônia de premiação WOCA 2019

Confira a cobertura completa da cerimônia acessando este link!

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