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Marcio Rea, presidente da EMAE: Billings será geradora de energia fotovoltaica

21/08/2023 23:36
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Projeto inédito no Brasil é encabeçado por Marcio Rea, presidente da Empresa de Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A (EMAE)

Graduado em Administração de Empresas com extensão universitária na área de energia, MBA Executivo em Gestão Empresarial pela FGV e Theory and Tools of the Harvad Negociation Project (Harvard University), Marcio Rea é, desde 2020, o presidente da Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A (EMAE) (confira o perfil na página 27). Em uma ação inédita no país, São Paulo passará a gerar energia limpa na represa Billings, de propriedade da EMAE, e comercializará essa energia para o setor privado. De acordo com o presidente, a usina será flutuante e a geração da energia, fotovoltaica. A EMAE vem passando por série de mudanças desde 2020, sendo que a mais recente é a notícia de que será privatizada. Seu valor de mercado dobrou nos últimos três anos e, segundo Rea, isso se deve ao modelo de gestão e compliance adotados pela empresa, que é de capital aberto. O valor de uma ação da EMAE na Bolsa brasileira, atualmente, supera os R$ 60, o equivalente a preços de grandes companhias e até mesmo grandes bancos privados.

Energia limpa

A energia do futuro é “verde”. O Brasil e outros países investem, cada vez mais, na pesquisa e desenvolvimento de fontes de geração de energia elétrica que causem menor impacto ao meio ambiente. Para descarbonizar o planeta, metas de redução de emissões foram estabelecidas, mas o desafio será atingir os patamares de emissão definidos a tempo de frear um aumento maior da temperatura do planeta. Veículos movidos a eletricidade já são uma realidade nas ruas. No entanto, outros combustíveis vêm sendo testados, como o hidrogênio verde. Para que a transição energética se complete, a energia gerada a partir da luz solar ganha cada vez mais espaço na matriz elétrica por ser uma fonte que não envolve o consumo de recursos naturais, com baixo potencial de poluição do ar, do solo, da água e sonora. A EMAE vem buscando formas de aumentar sua capacidade de geração de energia, investindo em fontes renováveis e busca inovar com a instalação de parques fotovoltaicos flutuantes, em parceria com a iniciativa privada, no maior reservatório da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), o Billings, que foi concebido para geração de energia na usina Henry Borden, a maior da EMAE, localizada no município de Cubatão e que, com o tempo, foi adquirindo outras finalidades, como o abastecimento público de água, o lazer e a pesca de subsistência. As vantagens de se gerar energia a partir de painéis solares flutuantes são inúmeras: • Explora de forma consciente o uso múltiplo das águas; • É uma fonte de energia limpa e renovável; • Atende a uma crescente demanda de energia na região; • Aumenta a segurança energética do sistema elétrico nacional; • Possui pequena intervenção no uso e ocupação do solo; • Reduz a possibilidade de invasões nas áreas do entorno do reservatório, ajudando a conservar o manancial; • Diversifica o potencial energético de forma mais eficiente (o mesmo reservatório passa a ser fonte de geração de energia por meio da geração hidrelétrica e fotovoltaica). Além disso, em regiões de alta densidade demográfica como na RMSP, a geração de energia em solo se torna dificultosa, uma vez que o empreendimento compete com áreas urbanas consolidadas e de expansão, áreas industriais e de produção alimentícia. A usina flutuante no Billings é uma nova fonte de energia inserida no maior centro consumidor do país. Os empreendimentos no reservatório Billings devem adicionar mais 130 MW ao sistema, o suficiente para abastecer o equivalente a uma cidade de 400 mil habitantes. Mas o potencial pode ultrapassar um gigawatt de potência. Além de uma fonte segura e confiável muito perto do centro consumidor, os 130 MW de energia que estarão disponíveis em breve, contribuirão significativamente com a meta de redução de emissões, equivalente ao CO2 emitido por cerca de 15,1 mil carros/ano. Em entrevista à Economy&Law, o presidente Marcio Rea conta sobre as novas usinas e outros projetos, fala de energia limpa, a privatização da EMAE, a valorização da empresa, economia, entre outros temas. Confira.

Projeto piloto com painéis flutuantes no Reservatório Billings, em SP

The Winners Economy&Law – Você está à frente da EMAE desde 2020. Nesse intervalo, além de enfrentar uma pandemia, foi desafiado a preparar a empresa para o futuro. Como foi isso?

Marcio Rea – Os últimos três anos foram muitos desafiadores para a EMAE, tanto para nós executivos quanto para nossos colaboradores. Com a pandemia da covid-19, foi necessário repensar todo o processo de gestão da empresa e reavaliar os projetos e os investimentos que estavam em curso. No entanto, mesmo num cenário tão adverso, conseguimos alcançar excelentes feitos. Mas, não foi fácil! O primeiro e mais importante passo foi readequar todo o processo operacional para preservar a saúde e a integridade de nossos colaboradores e de seus familiares, afinal é onde está nossa força de trabalho. Ato contínuo, iniciamos um grande programa de modernização das usinas hidrelétricas da EMAE, as quais estão recebendo importantes inovações tecnológicas. O desenvolvimento de novos negócios, em sintonia com a visão estratégica da empresa, também deu a tônica da nossa gestão, assim como a otimização do nosso portfólio de ativos, que está trazendo novos recursos financeiros para a empresa. Avanços em projetos como a implantação de placas fotovoltaicas flutuantes no reservatório Billings, para a geração de energia elétrica a partir da radiação solar – primeiro projeto inovador em todo o país, e a motorização de uma barragem instalada no Médio Tietê para transformá-la numa Pequena Central Hidrelétrica (PCH), mostram que a gestão da empresa está voltada para a sustentabilidade. A busca de parceiro para a implantação, na zona sul da capital paulista, de um grande parque termelétrico a gás natural, que por ser menos agressivo ao meio ambiente é fundamental na transição para uma matriz elétrica ainda mais limpa e sustentável. Outros projetos importantes à sustentabilidade da empresa também estão sendo estudados e alguns já em execução, a exemplo da concessão onerosa de áreas da Usina São Paulo à iniciativa privada. Todas essas ações destacam a preocupação da atual administração em preparar e conduzir a empresa para o futuro, de forma responsável e diligente, e isso passa, também, pela gestão eficiente da empresa que proporcionou a maximização de resultados, o que nos permitiu, com muito esforço e sacrifício, realizar o pagamento recorde de proventos aos acionistas, solidificando, ainda mais, a reputação da EMAE no mercado. Esse esforço foi reconhecido pelo governador Tarcísio de Freitas, que me convidou para continuar à frente da EMAE com a missão de manter os projetos em andamento e conduzir o processo de privatização da empresa, a exemplo do trabalho que fizemos, anteriormente, na CESP.

TWE&L – Sob essa gestão, a EMAE obteve uma grande valorização nos últimos anos, quais os resultados da empresa no período?

MR – Quando assumi a gestão da EMAE seu valor de mercado (market cap) era de R$ 1,15 bilhão. Hoje é de quase R$ 2,4 bilhões, ou seja, a valorização no período foi de 108% e representa mais de R$ 1,2 bilhão de crescimento, o que reflete a percepção do mercado em relação a um conjunto de ações que essa gestão tem implementado, visando o aumento da eficiência operacional e financeira, bem como a diversificação das fontes de receita. Entre essas ações, podemos destacar o aumento dos investimentos para modernização das usinas hidrelétricas, o que aumenta a disponibilidade e contribui para a redução dos custos operacionais, a reestruturação do capital e melhorias na gestão financeira, que contribuíram de forma importante para a sequência de resultados positivos e o estabelecimento de parcerias importantes que visam o aumento de receita por meio da participação em novos projetos. O crescimento tem sido consistente e constante, e alcançou um importante reconhecimento internacional, pois a EMAE figura, por três anos consecutivos, no ranking das empresas com crescimento mais rápido, segundo avaliação do Financial Times, em plena pandemia da covid.

Energia fotovoltaica será realidade na cidade de SP, o maior centro consumidor do país

TWE&L – Isso tem impacto no processo de privatização em andamento?

MR – Atualmente o mercado tem demonstrado interesse pela EMAE, haja vista o crescimento de seu valor. Trata-se de um círculo virtuoso, no qual uma gestão comprometida, eficiente e transparente proporciona a maximização dos resultados financeiros da empresa e a valorização dos seus ativos, passando a despertar interesse do mercado e dos investidores e, consequentemente, dando maior visibilidade à empresa, que por sua vez exige cada vez mais dos gestores para assegurar esse crescimento. Com a EMAE não poderia ser diferente, pois os resultados mostram uma empresa rentável e com grande potencial de continuar crescendo no futuro e o mercado já percebeu esse potencial. Sobre a privatização da EMAE, trata-se de uma decisão do governo do Estado de São Paulo, que detém o controle acionário da empresa. A meu ver é um desafio e um compromisso da minha gestão. Vale destacar que desde a criação do Novo Modelo do Setor Elétrico Brasileiro, com a publicação da Lei 8987/1995, popularmente conhecida como a Lei das Concessões, praticamente todas as empresas estatais de energia elétrica já foram desestatizadas, faltando apenas a EMAE, em São Paulo, e a CEMIG, do Estado de Minas Gerais. A COPEL, do Estado do Paraná, foi desestatizada neste mês [agosto].

TWE&L – A EMAE possui muitas áreas e ativos imobiliários. Na sua gestão, você buscou otimizar esse portfólio. Por que essa mudança?

MR – Ao fazermos um diagnóstico dos ativos imobiliários da empresa, vislumbramos um potencial relevante de receita futura bastante factível de ser implementado. O foco foi identificar os imóveis não operacionais (imóveis considerados inservíveis aos serviços de geração de energia elétrica) com potencial de geração de receitas por meio de sua alienação ou do seu aporte em um novo modelo de negócio. O resultado obtido desse diagnóstico permitiu à empresa desenvolver uma estratégia para destinação dos ativos identificados e um plano de ação para sua implementação, o qual já mostra alguns resultados práticos: a concessão onerosa de áreas da Usina São Paulo à iniciativa privada, a rentabilização do espelho d’água do reservatório Billings para geração de energia elétrica a partir da implantação de usinas solares flutuantes, a disponibilização de áreas da antiga sede administrativa da EMAE para geração termelétrica a gás natural em um novo negócio. Ademais, o trabalho também identificou um potencial de redução de despesas decorrentes, inclusive com o pagamento de IPTU. Em síntese, essas ações direcionadas aos ativos imobiliários, além de possibilitar a regularização de pendências imobiliárias, contribuíram para a maximização do resultado financeiro da empresa, por meio da redução de despesas e da obtenção de novas receitas.

Usina São Paulo: contrato prevê revitalização do prédio, construção de espaços comerciais e a implantação de restaurantes e mirantes

TWE&L – Você fez um processo de concessão onerosa de áreas da Usina São Paulo para iniciativa privada implantar um grande projeto comercial e de lazer no local. Como foi isso? E como essa área ficará no futuro?

MR – Por meio de diagnóstico identificamos um potencial de receita imobiliária de um novo negócio para a EMAE, a partir da exploração comercial da cobertura da usina e de áreas do seu entorno, com reflexos positivos para a região, principalmente para a população paulistana. Então, fizemos um processo licitatório para concessão onerosa dessas áreas à iniciativa privada. O consórcio Usina São Paulo apresentou a proposta vencedora do certame licitatório com o pagamento de outorga fixa no valor de R$ 280 milhões mais outorga variável para a EMAE. O contrato prevê a revitalização do prédio da usina, a construção de espaços comerciais na sua cobertura, com a implantação de restaurantes e mirantes para contemplação, bem como a construção de espaços comerciais nas margens leste e oeste para locação e estacionamentos para veículos. A revitalização do prédio da usina e do seu entorno se tornou um dos eixos de desenvolvimento do rio Pinheiros, pois tem o potencial de aproximar a população do rio por meio dos espaços de lazer, entretenimento e contemplação. Temos certeza de que esse projeto, único no setor, provocará uma transformação na região e deve se tornar referência no país.

TWE&L – A transformação do rio Pinheiros e seu entorno já se iniciou com o projeto de despoluição do rio e a implantação de ciclovias e parques nas margens. Qual a participação da EMAE nisso?

MR – Além da concessão da cobertura da Usina São Paulo e de áreas do seu entorno à iniciativa privada, conforme comentado, contribuímos para viabilizar a implantação da ciclovia na margem leste do rio e do parque Bruno Covas, além de outras ações que ajudam nessa grande transformação. Trata-se de um processo integrado coordenado pela secretária Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, que com seu dinamismo e comprometimento, conduz a EMAE, Sabesp, DAEE e Cetesb, de uma forma eficiente que produz resultados positivos ao processo. O fato mais importante é que acreditamos e estamos muito engajados nesse projeto e no processo de indução da aproximação da população com o rio Pinheiros. É o sentimento de pertencimento que leva ao cuidado, à preservação. Certamente, esse é um belo legado que deixaremos para as futuras gerações.

TWE&L – A EMAE possui um parque gerador composto por usinas centenárias, no entanto, você comentou que os projetos são inovadores. Como conciliar esses dois extremos em um mesmo plano de gestão?

MR – De fato as Usinas Henry Borden, Porto Góes e Rasgão foram construídas na década de 1920. Somente a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Pirapora, a caçula do parque gerador, foi construída recentemente, em 2014. Ao assumir a gestão, uma das prioridades foi tirar do papel o plano de modernização das usinas hidrelétricas que tiveram a concessão prorrogada em 2013, no âmbito da Lei federal n° 12.783/13, já que muitos equipamentos estavam em operação há décadas, alguns em final de vida útil. Reformulamos todo o plano de investimento previsto, inclusive com a ampliação de seu escopo. É um plano de longo prazo e no período de 2023 a 2027 está previsto aproximadamente R$ 567 milhões de investimentos e outros R$ 478 milhões até o final da concessão, em 2043. Somados aos já realizados de 2020 a 2022, os investimentos totais deverão ultrapassar R$ 1,2 bilhão. Esse processo de modernização das usinas está sendo feito com base em projetos inovadores, com o uso de tecnologia de ponta que permitirá aumentar a disponibilidade das unidades geradoras e, também, reduzir os custos com sua operação e manutenção. Assim, teremos usinas antigas com equipamentos de ponta operando para maximizar o resultado operacional da empresa. Mas olhamos para o futuro, com projetos que passam pela transição energética e contribuem para uma matriz mais sustentável.

TWE&L – O futuro da energia é verde. Como a EMAE pode contribuir nesse processo de transição energética?

MR – Estamos fortemente engajados nisso. Nosso olhar para o futuro passa pelo momento de transição e, também, para como ficará o setor de geração de energia elétrica daqui a 10, 20, 30 anos. Hoje, o parque gerador da EMAE já é 100% “verde” (renovável), isto é, composto de usinas hidrelétricas que convertem a força da água em energia elétrica, e estamos expandindo-o com mais geração hidráulica, com a motorização da barragem Edgard de Souza e, também, com geração solar fotovoltaica a ser implantada no Reservatório Billings, mantendo a vocação de geração de energia por fonte renovável. No entanto, pretendemos contribuir com o processo de transição energética do país, por meio de um grande projeto de geração termoelétrica com a utilização de gás natural, um energético abundante e de baixo impacto quando comparado com outros combustíveis fósseis, que vai ajudar o país na transição para uma matriz cada vez mais limpa. Com investimentos estimados em US$ 2,5 bilhões, o empreendimento consistirá na instalação de várias plantas de geração de energia elétrica a gás natural, com potência total que poderá atingir 2.5 GW; capacidade esta a ser instalada no maior centro de carga do país e que proporcionará segurança energética ao sistema elétrico.

TWE&L – Você comentou sobre a expansão do parque gerador a partir de fontes renováveis. É possível contar mais sobre isso?

MR – Desde que assumi, como já disse, priorizamos a busca pela otimização dos ativos da empresa, entre eles a Barragem Edgard de Souza, no rio Tietê. A estrutura, que é usada apenas para regularização da vazão do rio tem potencial para geração de energia elétrica. Então priorizamos o projeto de remotorização da barragem. Serão cerca de 18 MW de potência que vamos adicionar ao parque gerador da EMAE, energia limpa transformando um ativo que era um centro de custos em uma nova fonte de receita. A geração solar também está no nosso foco, estamos, de forma pioneira, trabalhando para implantação de 130 MW por meio de usinas fotovoltaicas flutuantes no reservatório Billings, aqui na capital. Para ser ter uma ideia, com a energia elétrica a ser gerada por essas usinas será possível suprir cerca de 110 mil residências com energia limpa e renovável, o que equivale a uma cidade com quase 400 mil de habitantes. Os testes que fizemos foram muito promissores e, em outubro deste ano, já teremos as primeiras plantas fotovoltaicas gerando energia diretamente para rede de distribuição.

TWE&L – Como você avalia o cenário econômico brasileiro atual e quais são os principais desafios e oportunidades para o setor elétrico?

MR – O cenário econômico brasileiro atual é de recuperação gradual, mas ainda sujeito a riscos e vulnerabilidades. A atividade econômica vem se recuperando, mas ainda está abaixo do nível pré-pandemia. Percebemos que a política monetária tem sido ajustada para conter as pressões inflacionárias e, falando um pouco sobre o setor, apesar de não ser uma realidade nos dias de hoje, o risco hidrológico é uma variável que deve ser considerada na gestão do setor elétrico, pois pode impactar a disponibilidade e o preço da energia. O setor elétrico enfrenta o desafio de garantir a segurança e a qualidade do fornecimento de energia, sem comprometer a sustentabilidade financeira das empresas e a competitividade da economia. Para isso, é necessário garantir o fornecimento de energia a partir de geração firme e confiável, que atende a demanda contínua e inelástica dos consumidores, podendo ser utilizada a geração termelétrica, inclusive. As oportunidades também estão na diversificação da matriz energética, com maior participação de fontes renováveis e limpas, como eólica, solar e biomassa, e na inovação tecnológica, com foco na eficiência energética e na gestão inteligente da demanda e estamos com um olhar sobre isso.

Rio Pinheiros, que passa por processo de despoluição terá, nessa região, mais um ponto de contemplação, na Usina São Paulo

TWE&L – Como a EMAE incorpora as práticas de ASG (Ambiental, Social e Governança) em sua gestão e operação?

MR – A EMAE está firmemente comprometida com a adoção de práticas de ASG em sua gestão e operação. Buscamos uma atuação sustentável, ética e socialmente responsável. Isso se reflete em diversas ações. No aspecto ambiental, trabalhamos para minimizar os impactos ambientais de nossas atividades, promovendo a conservação dos recursos naturais das estruturas sob nossa gestão e a conscientização ambiental. Além disso, participamos de projetos de energia solar fotovoltaica, que contribuem para a diversificação da matriz energética e a redução das emissões de gases do efeito estufa. Nesse sentido, também participamos do programa de certificados de energia renovável I-REC, que atesta a origem limpa da energia que produzimos e comercializamos. No âmbito social, investimos em projetos comunitários, incentivamos o voluntariado de nossos colaboradores e apoiamos iniciativas culturais nas localidades onde atuamos. Quanto à governança, seguimos rigorosos padrões de transparência, integridade e conformidade em nossas operações e relacionamentos com stakeholders.

Perfil

Marcio Rea é graduado em Administração de Empresas com extensão universitária na área de energia, possui MBA Executivo em Gestão Empresarial (FGV) e cursou o Theory and Tools of the Harvard Negociation Project (da Harvard University). É profissional no setor elétrico há 36 anos e tem 11 anos de experiência como conselheiro de Administração de diversas empresas. Ocupou diversos cargos executivos na área pública e em empresas de energia, dentre os quais: assessor especial do Ministério de Ciência e Tecnologia, membro do Conselho Consultivo e da Comissão de Ética da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), diretor Administrativo da Cesp, diretor Administrativo da EMAE, membro do Conselho de Administração da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), presidente do Conselho de Administração da EMAE, secretário-adjunto da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo e secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. Atualmente é diretor-presidente da EMAE, membro do Conselho de Administração da EMAE e membro do Conselho de Orientação de Saneamento Básico da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (ARSESP), além de ser integrante do Conselho de Administração da São Paulo Transporte S.A (SPTrans).

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